quinta-feira, 25 de março de 2010

Aldeia

E quem diz que nâo pode ?
Aqui o café é adoçado com nuvens
de algodão doce.
A água que lava meu rosto pela manhã
vem com blusch embutido.
O transporte que me leva ao trabalho
é uma imensa roda gigante,
que roda, roda
a todo instante.
A ponte que me faz chegar mais depressa
tem 7 cores,
e não é ouro que tem no pote,
e sim mel, muito mel.
Minha carga horária
é apenas de terça a quinta,
nos demais dias
todos se abraçam
com alegria.
Minha casa é verde maça
e a sua ?
Meu dinheiro tem dia que é vermelho,
outros rosa, retocado com gloss.
Meu mundo é essa aldeia.
que ainda abre as portas apenas
de noite.
Por enquanto...
SONHAR !

Fé !

De mansinho,
sem pressa,
vem!

Sem altar,
mãos postas
ou jejuar.

Não somente na lama,
buraco,
ou desespero.

Oro por mim,
por você.
Olhai por mim,
por nós.

Minha sonata
começa sonecar,
e hoje em paz
vou descansar.

( Á meu papai do céu, por me agraciar com sua varinha mágica mais uma vez.)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Engenho da Saudade!


Era sempre assim,
de tercinho nas mâos,
balangando as perninhas na cadeira
e dizendo que um dos mistérios era em intençâo a mim.

Todo dia era assim....
Vinte e sete anos convivi bem próxima
da flor mais linda do meu Jardim,
minha yasmim.

Amanhã seria dia
dela perguntar assim :
O que você trouxe para mim ?


Ahhh Vózinha! Quanta Saudade!
E que vontade de te dar um beijo
e desejar a você mais e mais anos de vida..
Já nâo é possível meus votos serem assim,
Mas você é bem viva em mim.
Depois da sua última benção
a produçâo do meu engenho só aumenta
e a saudade em mim já nâo se aguenta
e escorre.... Pelos olhos meus.

Parabéns! Felicidades! Paz!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mulher - Louvável é ir a luta com determinação.




( Algumas delas...)

O que dizer sobre elas, quero dizer, nós?
Talvez de onde eu vim, traduza um pouco a pureza de um ser que é puro amor: Mulher.
... Minha mãe sempre me contava das estórias da sua infância, para mim dormir, e dentre muitos capítulos, me lembro com emoção do seu nascimento. Filha de Antônio e Silpar e irmã de oito, eram seis mulheres na pequena cidade rural de ubá, minha avó carregava ela no cestinho até um rio, onde lavava roupas. Quando mais crescidinhas aprenderam fazer bonequinhos com sabugo de milho, e apesar da simplicidade daquele lugarejo, eram muito felizes e unidos.
Nunca conheci uma família tão unida, quanto a embalada por minha avó... Nós primos nos tratamos como irmãos, tudo de igual para igual. Fui crescendo...e minha estória se fazendo, ao invés de me alembrar do passado dela, passava enfatizar o meu. Me lembro que minha mãe foi minha primeira e melhor amiga , brincava comigo na rua de amarelinha, pic e queimadas, pensando bem esse é bem nosso lado comum, somos bem molecas. Hoje tenho minha Nina.... e acredito que toda menina somente se torna mulher, depois de ser mãe. Realmente é indiscritível toda forma de amor existente... é filhinha, como tenho belas estórias de grandes mulheres para te contar...
Tenho orgulho de ter nascido e sido criada nesse berço simples, mas cheio de amor. Mulheres fortes, lindas, humildes e guerreiras.
Hoje elas se exibem em saltos, maquiagens e lembranças.
Á vocês dedico meu amor.
Feliz dia das Mulheres.


Voador


Quando ela assentou-se nele,
Seu sorriso a todos encantou.
Conheceu naquele instante a liberdade
e de posse da sua própria vontade,
Decolou...



Extinto Estima


Acabou-se.

Todo o apreço que eu tinha por mim,
e meu extinto "dentro".

Já não há cor nas minhas pontas de dedos,
e nem lápis em meus olhos serenos.

Ando por ai...
Com minhas rasteirinhas a meus passos cumprir.

Meu perfume não mais se exala, se oculta dia, noite e madrugada.

Alto estima, baixo estima ?
Qualquer classificação se resumiria apenas
na extinção do meu existir.

Diante da denominação atual do meu ser,
decidir me resolver
e em outro espelho vou transparecer.

Adeus espelho...espelho meu.